sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Poema Embriagado

(Escrito em estado de embriaguez)

Um cara legal
Simpatico e tal...
Um cara arrumado
Gente boa, educado...

Cara que qualquer uma queria pra si
Algumas até querem leva-lo dali

Mas ele também sabe escolher
E escolhe a que melhor lhe seduz
Mas ai alguma coisa da errado
E nem sempre o melhor cara
Parece ser o melhor tipo de cara

Ou se for mesmo,
Algumas não decidem pelo melhor
Caráter não faz um homem
Gentileza não desperta interesse

Então eras isso,
Para sair, curtir, beber,
Ir num bar, conversar...
Esse cara tem os melhores assuntos
Mas na hora de ficar
Aquele otário mais atenção lhe chama

Ele não fala nada de mais
Não sabe nem o número do PI
Mas você não ta nem aí
Ao invés dos caras bons
Você prefere aquele ali

Querer

Eu quero amar
Eu quero me libertar!
Quero ser idiota,
Agir como um babaca de novo...

Sim eu quero...
Quero andar sonhando acordado...
Pensar nas besteiras que ouvi

Quero lembrar e sorrir
Aquele sorriso "abobado"
De quem está apaixonado

Quero caminhar sorrindo pela rua
Sem nenhum sentido aparente...
E voar, leve como ar...

Quero sentir o vento no rosto
A luz e o calor do sol
Ver as cores nas flores

Quero ser hipnotizado
Por alguma voz, um olhar
Um perfume qualquer
Que não me deixe acordar

Eu quero que me ame
E que me enlouqueça!
Eu quero suspirar de novo
Te fazer sorrir...

Quero brincar, provocar...
Aos poucos te conquistar
Conversar nas madrugadas
Não ver nem a hora passar
Quero sonhar com você!
Andar de mãos dadas

Quero beijar teu pescoço
Sentir meu corpo levitar
Quero ficar sentido seu perfume
Fechar os olhos, te querer!
Não olhar pra mais ninguém
Quero sentir-me bem
Quero tê-la pra mim
Independente de quem...
Quero ser seu também...
Não amar outra mulher que não você...

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Ilusões Suburbanas

Logo que ficamos sozinhos,
Às vezes nos sentimos tão tristes.
Mas ainda sim tudo é tão charmoso...
As músicas, os poemas...
As tardes de solidão.
É tudo tão recente que por fim
Até a dor de cotovelo se torna charmosa...

Mas logo o tempo passa
E percebemos que a tristeza é passageira...
Logo vem a euforia...
E percebemos que estamos livres, leves e soltos!
É hora de curtir, sair, ir a festas, pegar todo mundo...

Mas depois o tempo passa mais uma vez
Depois que "pegamos" quase todo mundo,
Acabamos nos dando conta
De que ainda estamos sós.
Aí às vezes tentamos voltar,
E às vezes não conseguimos
E então por fim nos damos conta
De que a tristeza não é tão passageira
E que a dor de cotovelo
Nem é tão charmosa assim quanto parecia ser...

Vontades

Hoje senti vontade de fazer algumas coisas
Senti vontade de dizer "Eu te amo"
Mas não para quem eu realmente amei
Senti simplesmente vontade de dizer
Sem importar pra quem...
Só queria que fosse sincero
E não só dizer por dizer...
Porque faz tempo que não digo isso pra ninguém
Com tanta sinceridade
Mas não que fosse pra você em especial

Pra você eu senti vontade de perguntar como vai
De puxar um assunto, dar um olá,
Perguntar como vão as coisas,
A vida, o trabalho (O namoro não)
Não que fosse por algum tipo de interesse,
Não que seja por esperar alguma coisa...
Não espero mais nada de você
Só queria perguntar por perguntar
Pra saber como vai você, como você está...
Falar por falar...

Mas eu não fiz isso
E nem quero fazer...
Pode chamar de orgulho, mas 
Não posso fazer isso...
Não vai valer à pena e...
Você também nunca mais se preocupou em saber de mim 
E nem como estou, nem como vou...

Portanto, se eu me preocupar em saber de você
Guardo pra mim e prefiro a dúvida
É melhor mesmo nem saber...
Pra ser sincero até já sei a resposta
Tenho certeza que você está muito bem assim...
E isso de certa forma já me satisfaz...

Crônica à Francesa














Um dia o amor bateu à sua porta
E ele tratou bem seu convidado
Mas o amor por ser desconfiado
Sentiu-se incomodado

E esse homem de tão afoito
Pela presença do amor
Ao invés de esperá-lo acomodar-se
Escolher um quarto e ficar a vontade
Trancafiou o amor em seu aposento

O amor que não é besta
Com uma pressa gigantesca
Tratou de conseguir fugir
E disse que jamais voltaria ali

E esse homem ensandecido
Se foi à Paris
A procura do amor
Que um dia havia conhecido

Se tornou desajustado
Sua vida era a boemia
Seu dinheiro suado
Ganhava no jogo
E gastava no trago...

E as mulheres de Paris
Conhecia como ninguém
Passava dias em bordéis
E amanhecia por aí...

Já foi um cavaleiro
Dizia-se Lord
Já fez parte do clero
Mas vivia a própria sorte

O coração ainda jazia
À sombra do amor perdido
E para sentir-se vivo
Passava dias entorpecido

Lá só encontrou mais desamores
Medos, injustiças, desilusões...

Poderia voltar pra casa
E esperar o amor bater a sua porta
Poderia continuar na boemia
E ser consagrado vagabundo

Poderia encontrar na dor
Algo pra se enganar...
Ou poderia se jogar
Em um novo amor...

Mas esses olhos claros dela
Esse jeito que parece
Às vezes o ignorar
Às vezes o chamar
Às vezes o enganar
Aquele jeito meigo

Corpo, voz, boca
Encontrando o que procurava
Traduzido em outra pessoa
O vento trazendo alguém novo de volta

Linda como um anjo
Um novo anjo em sua vida
Diferente dos anjos maus que conhecia
Também desajustada
Com seus problemas de jornada
Mas diferente dele

Era a pessoa que poderia
Dar um fim a isso tudo...
Que parece ter o segredo
Para preencher sua vida vazia...

Mais um caminho...
Mais uma ilusão
Um plano sem fim
Mais uma historia pra contar
Ou uma pra eternamente consagrar

Pode enfim querer...
Seguir, tentar...
Mais um caminho a seguir
E mais coisas a deixar pra trás...
Coisas que só o tempo
Saberá dizer se foram certas
Como o caminho que a felicidade se esconde
Ou se ela baterá a sua porta

Mas se isso acontecer
É hora de relaxar
É bom deixá-la se acomodar...
E decidir se quer ficar...

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Labirinto

O amor é como um labirinto...
Seguimos um caminho qualquer
Determinados a encontrar uma saída

Já vemos as luzes, é logo ali!
Com um sorriso nos lábios
Seguimos lívidos pelos corredores
Acreditando que chegaremos
Ao nosso destino final...

Mas ao dobrarmos pelo corredor
Nos deparamos com uma parede!
E o que nos resta fazer?

Escalar? Esbravejar, chutar?
O que nos resta é acreditar!

Dar meia volta e seguir de novo
Por outro caminho...

E nesse labirinto
Encontramos novos caminhos
E outros caminhos diferentes
De onde estávamos querendo ir

Quem sabe entre um caminho e outro
Numa conversa qualquer
Viramos as costas para as paredes
E ali, bem ali...
Do outro lado
Ou do nosso lado

Uma saída?
Numa outra esquina?
Não sei...

Quem sabe não seguimos por esse caminho?